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História Dos Lombardos (eBook)

Historia Langobardorum
eBook Download: EPUB
2017
469 Seiten
Tektime (Verlag)
978-88-7304-316-4 (ISBN)

Lese- und Medienproben

História Dos Lombardos - Paolo Diacono - Paulus Diaconus
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Um livro histórico, escrito em latim por Paolo Diacono no oitavo século d.C., narra os acontecimentos do povo Lombardo que saiu da Escandinávia para alcançar a Itália e reinar por outros dois séculos. Hoje, Milão é a capital daquela região que leva o nome de Lombardia, terra dos Lombardo. A história é interessante mesmo se a conquista Franca nos tira o gosto do final feliz, Na tv e nas ficções, há histórias que parecem retiradas das histórias deste povo; a vida de Grimoaldo, Rei dos Lombardos vale por si só um romance.
Começa com a saída da Escandinávia e a lenda do nome. Depois, segue uma história de uma longa marcha de aproximação à Itália. Uma breve divagação sobre São Benedito com duas poesias pouco importantes, depois a chegada na Itália, a descrição da península, Alboino, as suas façanhas, Rosmunda e Elmiche que matam Alboino. Os dez anos de anarquia dos duques, Autari e Teodolinda, princesa católica dos Bavaros, Astolfo, segundo marido de Teodolinda, Rotari o Rei do Édito e do primeiro grupo de leis Lombardas, depois o direito romano, um primeiro exemplo de legislação orgânica, importantíssima para a futura história do direito legal. A isto, segue a extraordinária aventura de Grimoaldo com a fuga da prisão, das intrigas, o Ducado de Benevento e a conquista do trono. Depois, Grimoaldo derrota os Francos e os Bizantinos, engana os Avari... . E assim por diante, de rei em rei até a outra história humana, aquela de Liutprando e da sua família. Uma história emocionante e evocativa, útil para compreender a Itália de hoje, dividida entre norte e sul.
PUBLISHER: TEKTIME

Primeiro Livro


1. A região setentrional, tanto mais é afastada do calor do sol e fria pelo gelo das neves, mais é saudável para o corpo humano e adequada a difundir as estirpes. Ao contrário, as regiões dispostas ao sul, são mais próximas ao sol, tanto mais são ricas de doenças e pouco adequadas para fazer crescer os mortais. Deste modo, acontece que muitos povos nascem sob a ursa, assim que toda aquela região, do Tanai ao ocidente, mesmo se nela mesma, cada uma das localidades têm um nome próprio, é chamada de modo comum, Germânia. Quando os Romanos a ocuparam, chamaram as duas províncias além do Reno de Germânia Superior e Germânia Inferior.

Desta populosa Germânia, inúmeros grupos de prisioneiros foram levados embora e dispersos, vendidos como escravos junto aos povos do sul. Mas é verdade também que muitas estirpes saíram dela, porque gera muitas a ponto de não poder nutri-las e deste modo, afligiram partes da Ásia e, principalmente, a contígua Europa. Isto é testemunhado pelas cidades destruídas em todo o Lírico e na Gália, mas sobretudo aquelas da sofrida Itália, que experimentara a crueldade de quase todos aqueles povos. Pela Germânia, uniram-se os Vândalos, os Rugi, os Eruli, os Turcilingi e outros povos ferozes, bárbaros. Do mesmo modo, chegou à estirpe dos Winili, ou seja, os Lombardos, que depois reinou de forma feliz na Itália. Eles também são germânicos, mesmo se muitos narram que eles desceram da ilha Escandinava.


2. Desta ilha, fala também Plinio Segundo nos seus livros sobre a natureza das coisas. Ela, como nos contam aqueles que a visitaram, não é sobre o mar, mas é circundada por ondas marinhas, estas penetram no interior da terra, favorecida pelo baixo nível das suas costas. As populações se estabeleceram ali, muito prolíficas, não podendo mais habitá-las todas juntas, se dividem, como é contado, em três partes, e com o sorteio escolheram quem devia deixar a terra dos pais.


3. Assim, aquela parte a quem tocou a sorte de ter que abandonar o seu país e procurar terras estrangeiras, foram dados dois chefes, Ibore e Aione. Dois irmãos jovens, florentinos e os mais fortes de todos. Saudaram a todos juntos aos seus caros e a terra dos pais, depois saíram em marcha para encontrar novas terras para morar e estabelecer a própria base. Entre eles, estava a mãe dos dois líderes, se chamava Gambara, mulher de grande talento e que provia a aconselhar e fornecer sabedoria. Nos momentos de incerteza, eles contavam com ela, sempre.


4. Não pretendo me afastar do assunto tratado, se por algum tempo inverto a ordem da narrativa e conto, em breve, até que a minha pena se encontre na Alemanha, por um prodígio, que lá é conhecido por todos, além de qualquer outra coisa. Nos extremos territórios da Alemanha, na direção do norte, nas margens do Oceano, sob um alto penhasco, se encontra uma cavidade onde sete homens, não se sabe há quanto tempo, repousam adormecidos em um longo sono, íntegros não só no corpo mas também nas roupas, exatamente porque resistem sem serem corrompidos depois de tantos anos, são objeto de veneração, por parte daquelas pessoas incultas e bárbaras. Eles, naquelas roupas, parecem Romanos. De tal forma levados pela ganância, quiseram despir um e pelo que se conta, logo secarem-se os braços. Esta punição apavorou os outros, assim ninguém ousou mais tocá-los. Pode-se imaginar, por qual motivo a divina Providência os conserva intactos por tantas estações, talvez porque um dia, acha-se que por serem apenas cristãos, acordando, com a sua pregação levarão a salvação àqueles povos.


5. Perto deste lugar, moravam os Scritobinos. Assim se chama aquela gente que nem no verão estão livres das neves e das feras. Eles se nutrem apenas de carne crua dos animais selvagens e com as suas peles ásperas tentam se cobrir. Fazem derivar o seu nome de um vocábulo que na sua linguagem bárbara significa “saltar", de fato, dão a caça às feras, correndo em saltos, sobre madeiras curvas com uma certa arte em forma de arco. Perto deles, vive um animal parecido com o cervo, eu mesmo vi uma roupa feita com a sua pele, deixada áspera com pelos como era sobre o animal, era semelhante a uma túnica, longa até os joelhos como eles usam da forma que me foi referido. Nestes lugares, nos dias de solstício de inverno, apesar de ter a luz do dia, o sol nunca é visto e os dias são curtíssimos, mais que em qualquer outro lugar e as noites mais longas. De resto, tanto mais nos afastamos do sol, tanto mais se está mais baixo no horizonte, as sombras se alongam. Na Itália, como escreveram os antigos, no dia de Natal, a sombra do corpo humano mede nove pés, eu na Gália Belgica, em um lugar chamado Villa di Tatone, medindo a minha sombra a encontrei com dezenove pés e meio. Assim, ao contrário, quanto mais nos aproximamos do sol, indo para o sul mais as sombras se tornam curtas, a ponto que durante o solstício de verão, quando o sol está a meio céu, no Egito, em Jerusalém e nas regiões próximas, não se veem sombras. Na Arábia, no mesmo período, o sol é visto além da metade do céu, no sentido setentrional e, por consequência, as sombras estão voltadas para o sul.


6. Não muito longe da costa do que falamos antes, na direção do ocidente, onde o Oceano se estende sem fim, há aquele profundíssimo abismo de água que normalmente é chamado "umbigo do mar”, dizem que duas vezes por dia engole as ondas do mar e duas vezes as rejeita, como é demonstrado pela rapidez da maré naquelas praias. Um abismo parecido ou vórtice é chamado, pelo poeta Virgilio, Cariddi; ele o põe no estreito da Sicília e o descreve assim:

Ocupa o lado direito da Sicília, o esquerdo a inabalável Cariddi e três vezes do profundo vórtice da imensidão engole as grandes ondas em seu abismo e de novo o ar e volta a atirar-se, flagelando com as ondas as estrelas.

Do vórtice que falamos antes, é dito que arrasta violentamente os navios, tão rápido a ponto de igualar o voo das setas através do ar, tanto que às vezes se perdem sem escapar naquele horroroso abismo. Geralmente, em vez disso, enquanto já estão para serem submersos, são rejeitados para longe da água de forma imprevista e com a mesma velocidade com a qual as sugou. É dito que um outro vórtice semelhante se encontra entre a ilha Britânica e a Gália, isto é confirmado por aquilo que acontece nas praias da Sequania e da Aquitania. Estas duas vezes por dia são submersas inesperadamente, tanto que se alguém é surpreendido um pouco longo da costa, consegue escapar com dificuldade. Podem ser vistas as águas dos rios daquelas regiões subirem rapidamente na direção da fonte por muitas milhas e as águas doces tornarem-se amargas. A ilha de Evodia está a trinta milhas das praias da Sequania, mas os seus habitantes afirmam ouvir o barulho das águas que são descarregadas naquelas de Cariddi. Ouvi falar por uma pessoa que desfruta de grande estima entre os Galeses que muitos navios que foram levados por uma tempestade, acabaram sendo engolidos por este vórtice. Um apenas daqueles homens que se encontrava em um daqueles navios conseguiu se salvar, foi encontrado flutuando ainda vivo, único entre os seus, arrastado pelas violentas correntes na direção do precipício, chegou à beira daquele terrível abismo, já morto de medo, viu aquele buraco enorme profundíssimo sem fim, quando já tinha perdido a esperança foi jogado contra uma pedra, onde se agarrou. Toda a água tinha fluído no turbilhão deixando descoberto o fundo do mar e enquanto ele esperava angustiado e cheio de medo pelo fim inevitável, inesperadamente, viu aparecer grandes montanhas de água, elas subiam do fundo; em primeiro lugar, viu ressurgir os navios que tinham sido engolidos, assim quando um lhe chegou perto, ele se segurou com todas as forças. Em um instante, rapidamente, ele voou próximo à costa, assim fugiu da cruel sorte e pode em seguida contar o perigo que correu. Ainda no nosso mar, o Adriático, mesmo se em modo menor, invade as praias das Venezas e de Istria, assim podemos pensar que haja redemoinhos, claro pequenos e escondidos, que engolem e rejeitam as águas adriáticas e dos outros mares itálicos. Depois de ter referido estas coisas, é hora de retomar a narrativa.


7. Sob a guia de Ibore e Aione, os Winili saíram da Escandinávia e chegaram em uma região chamada Scoringa, onde pararam por alguns anos. Naquele tempo, Ambri e Assi, líderes dos Vândalos, incitavam com guerras contínuas todas as populações próximas. Encorajados pelas muitas vitórias, mandaram aos Winili mensageiros com a solicitação de um tributo, dando como alternativa a guerra. Assim, Ibore e Aione, levados pela mãe Gambara, decidiram que era melhor defender a liberdade com as armas do que aceitar a infâmia de pagar o tributo. Deste modo, mandaram mensageiros com a resposta aos Vândalos, esta dizia que combateriam em vez de submeter-se. Naquele tempo, os Winili estavam todos na flor da idade juvenil mas escassos em número, pois eram só um terço de um povo que vive em uma ilha não muito grande.


8. A este ponto, os antigos contam uma fábula ridícula. Os Vândalos ficaram com Godan para pedir a vitória sobre os Winili, mas o Deus respondeu que teria dado a vitória àqueles que tivessem visto em primeiro lugar o nascer do sol. Gambara em...

Erscheint lt. Verlag 9.10.2017
Übersetzer Peruto Daniela
Sprache portugiesisch
Themenwelt Sachbuch/Ratgeber Geschichte / Politik Mittelalter
Geschichte Allgemeine Geschichte Mittelalter
Schlagworte Bárbaro Invasionoi • Chronicon • história da Itália • Lombardos
ISBN-10 88-7304-316-X / 887304316X
ISBN-13 978-88-7304-316-4 / 9788873043164
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